Quando nascem bebês meninas, muitas mamães ficam cheias de dúvidas sobre poder ou não furar a orelhinha, se há riscos, se o bebê sentirá dor, entre outras.
Pensando nisso, reunimos aqui as informações que você precisa para se decidir.
Antigamente, era normal uma bebê sair do hospital com a orelhinha furada e com brinquinho. Outras vezes, a mãe optava pelo furo realizado em farmácias alguns dias após o nascimento.
Hoje, a realidade é outra. Muitos hospitais deixaram de realizar o procedimento, por causa do risco de infecção. Agora, cada instituição segue seu protocolo. Em 2012 as farmácias também foram proibidas de realizar o procedimento.
Onde e com quem posso fazer o furo?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atualmente permite que o procedimento seja feito em farmácias, desde que siga corretamente suas recomendações (aparelhos específicos e descartáveis, estéreis e que utilizam brincos de aço cirúrgico para fazer o furo).
Os profissionais que são liberados para realizar o procedimento, segundo o Presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): enfermeiros, acupunturistas, farmacêuticos e pediatras.
Lembre-se de verificar sempre se o profissional está habilitado e se toma os devidos cuidados para evitar infecções.
Quando devo fazer o furo?
Existem pessoas que defendem que os furos devem ser feitos 15 dias após o nascimento. Alguns pediatras e neonatologistas preferem esperar até os dois meses, época em que a criança realizará as primeiras vacinas e estará menos sensível.
Dói?
Existe um mito de que quanto mais cedo a criança furar a orelha melhor, pois a dor será menor. Na realidade um bebê sente a mesma dor que um adulto, a diferença é que ele não sabe o que está acontecendo.
A dor da perfuração é totalmente suportável, uma vez que a sensibilidade no lóbulo da orelha (cartilagem onde se realiza o furo) é menor, por não ter muitas inervações. Ou seja, se for para mensurar, a dor é menor do que uma injeção.
Para diminuir a dor do furinho, alguns pediatras podem recomendar o uso de um anestésico em forma de pomada, passado no local uns 40 minutos antes da realização do procedimento.
Qual tipo de brinco devo escolher?
Se os pais optarem por utilizar o próprio brinco, o ideal é dar preferência aos de ouro maciço ou aço inoxidável, que são hipoalergênicos.
Os brinquinhos devem ser pequenos, arredondados e ficarem coladinhos à orelha, assim não incomodam a neném, e também não tem o risco de escapar e ir parar na boca.
Atenção para a tarraxa, que deve cobrir toda a parte de trás do brinco, e ter uma pontinha arredondada por fora, para o pino não entrar na pele do bebê.
E depois de furar?
- Mantenha o brinco inicial por 6 semanas.
- Depois que já tiver realizado a perfuração, uma vez ao dia deve-se fazer a limpeza da área com álcool a 70% - usar um cotonete molhado com o álcool, e passar na região onde foi feito o furo e ao redor do brinco. Fazer essa limpeza todos os dias durante seis semanas.
- Secar bem a região após o banho.
- Olhar sempre atrás da orelha - ver se há algum sinal estranho (sangramento ou infecção); pode haver alergia de contato.
- Se houver sinais de infecção após o procedimento, retirar o brinco, lavar a região e procurar seu pediatra.
Por fim, algumas mães pensam que cada um deve decidir por seu corpo, e por isso, optam por não furar as orelhinhas, permitindo que essa seja uma decisão da garota quando já estiver mais crescida.
Sendo assim, cabe aos pais se informarem e decidirem se desejam ou não furar a orelhinha da bebê, e procurar alguém capacitado para realizar o procedimento caso opte por fazê-lo.
Autor: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra
Autor: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra
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