segunda-feira, 30 de julho de 2018

AMAMENTAÇÃO É A BASE DA VIDA – SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO


O aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável. O leite materno promove o desenvolvimento sensor e cognitivo da criança, além de protegê-la contra doenças crônicas e infecciosas.

A orientação do Ministério da Saúde é que o bebê receba somente o leite materno até os 6 meses e que depois seja associado a outros alimentos, até que a criança complete dois anos ou mais. A amamentação exclusiva reduz a mortalidade infantil por enfermidades comuns da infância, como diarréia e pneumonia, ajuda na recuperação de enfermidades além de aproximar mãe e bebê.

Tendo em vista a sua importância, de 1 a 7 de agosto, comemora-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno e todos os anos um importante tema é escolhido.

Esse ano o tema definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA) será: “Amamentação é a base da vida”.

Amamentar é ofertar o melhor alimento para o bebê, ou seja, o leite materno, proporciona uma melhor saúde física, mental e emocional.

Essa é uma campanha que tem como objetivos:

- Informar sobre o modo como a amamentação está ligada à boa nutrição, segurança alimentar e redução da pobreza.

- Vincular amamentação dentro da  agenda de nutrição, segurança alimentar e diminuição da pobreza.

- Envolver-se com indivíduos/organizações que trabalham nessas questões.

- Motivar ações para promover a amamentação como parte das estratégias de nutrição, segurança alimentar e redução das desigualdades.

O foco é prevenir todas as formas de desnutrição, garantir a segurança alimentar principalmente em tempos de crise e quebrar o ciclo da pobreza.

A Organização Mundial da Saúde (ONU) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) querem chamar a atenção para as vantagens da amamentação e os problemas que as mulheres enfrentam para alimentar seus bebês de forma natural.

A amamentação, apesar de ser um ato natural, é um comportamento a ser aprendido. Muitas mamães tem dificuldades mas sabemos que grande parte delas necessita de encorajamento e apoio para amamentar.

Iniciativas como essa, da Semana Mundial de Aleitamento Materno, são essenciais para garantir a conscientização da sociedade sobre a importância da amamentação, e demonstram a necessidade de investimento em campanhas que rompam com conceitos errados, que muitas vezes levam a mãe a desistir de amamentar por falta de conhecimento e apoio.

Fontes: Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network (IBFAN), Aleitamento.com, Waba.

terça-feira, 24 de julho de 2018

OS PERIGOS QUE MORAM NO BERÇO

Antes da chegada do bebê, os pais se programam, fazem reformas, montam um lindo quartinho e colocam mobílias adequadas ao conforto do bebê, entre elas, o berço. Muitas vezes, os pais desconhecem a necessidade de tomar alguns cuidados para não expor o bebê a riscos. Listamos os 10 mais importantes. Confira e veja se seu bebê está seguro!
1. Kit berço

Há risco de sufocamento e de prender pernas e bracinhos, além de acumular pó.
Se você achar que é necessário, existe no mercado um protetor que é fino e apresenta pequenos furos, ou seja, o bebê não tem como ficar preso e caso o bebê encoste, conseguirá respirar através dos furos.

2. Colchão

Um vão entre o berço e o colchão, representa risco de asfixia a um bebê que possa ficar com o rostinho parado ali.
Preste atenção se o colchão se encaixa corretamente no berço. Segundo o Inmetro, o espaço entre as extremidades do berço e o colchão, não deve ultrapassar 3 centímetros. Caso o colchão seja comprado separadamente, o manual de instruções do berço deve especificar dimensões e densidade apropriadas para o móvel.

3. Grades do berço

A distância entre as grades deve ser, no máximo, de 6 cm, distância que garante a segurança da criança. 

4. Brinquedos

Muitos pais gostam de deixar brinquedos e ursinhos de pelúcia no berço para enfeitar e até mesmo entreter os bebês. Isso é muito perigoso!
Deixe o mínimo de coisas possível no berço! Quanto mais itens, mais chance de sufocamento ou de machucar o bebê.

5. Travesseiro e almofadinhas
Há risco de sufocamento!

O travesseiro não é item necessário durante o primeiro ano de vida. Bebês precisam dormir em superfícies firmes e retas.

Verifique se não há no berço nada que possa ser sugado pelo bebê. Botões, cordões e até fraldinhas de boca podem ser enfiados na boca da criança.

6. Babá eletrônica

É uma aliada dos pais, mas tome cuidado. Algumas possuem fios, e se estiverem à altura da criança podem enroscar em alguma parte do corpo ,podendo levar à gangrena do membro ou até mesmo sufocar o bebê.

7. Grade

Certifique-se sempre de deixar a grade elevada, impedindo assim que haja a queda da criança.

8. Cortinas e janelas

Cortinas juntam pó e podem levar o bebê a ficar preso em seus fios e até se sufocar. Janelas tornam-se muito perigosas pelo risco de queda. Grades e telas de proteção são fundamentais.
Crianças aprontam até nas casas mais seguras. Todo cuidado é pouco!

9. Cobertas

Cuidado com a quantidade de cobertas utilizadas em bebês novinhos, pois podem sufocar. Lembre-se também de cobrir o bebê somente até a parte de baixo do braço.

10. Posicionamento do bebê

A posição correta para o bebê dormir, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é com a barriguinha para cima e com o rostinho lateralizado.

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

segunda-feira, 9 de julho de 2018

VERNIX: A PROTEÇÃO DO BEBÊ


Se você vai ser mamãe ou já tem seu bebezinho, deve ter lido algo sobre vernix.
Mas afinal, o que é isso e pra que serve? Leia o texto completo e tire suas dúvidas.
Sabe aquela camada esbranquiçada que fica na pele do bebê ao nascer? Chama-se vernix caseoso.

A pele do bebê é muito sensível e o vernix é uma camada de gordura que está presente desde o ventre para protegê-lo. No útero protege o feto, e está presente em forma de grumos.

É produzido até a 38ª semanas de gestação pelas glândulas sebáceas. Após esse período, sua quantidade começa a diminuir indicando a maturação fetal e a proximidade da hora do parto.

No momento do trabalho de parto, facilita o deslizamento do bebê para o meio externo além de ser hidratante, termorregulador - o bebê perde temperatura com muita facilidade após o nascimento (meio grau a cada minuto, o que é muito perigoso) e estudos defendem que o vérnix ajuda a controlar e manter o bebê aquecido além de ser antibactericida, protegendo contra infecções durante os primeiros dias de vida.

Muitos países costumam prezar pela não retirada desse vernix nos primeiros dias de vida. Aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria, em documento publicado em 2015, recomenda que o banho não seja dado antes da criança completar 6 horas de vida e que se não houver risco de transmissão de doenças, esse tempo deve ser ainda maior, recomendação essa também da Organização Mundial da Saúde (OMS). Após o parto, a conduta deve ser apenas secar o bebê sem esfregar ou retirar o vérnix.

Ainda não há um consenso a respeito do assunto na maioria das maternidades, muitas acabam realizando o banho de 6 a 10 horas após o parto. Muitos pais seguem a rotina hospitalar porém outros optam cada dia mais por manter a camada protetora na pele do bebê até que desapareça sozinha, naturalmente.

O vérnix tende a ser absorvido naturalmente nas primeiras 12 horas de vida.

Sabendo disso, nossa dica para os futuros papais e mamães é: conheçam a maternidade antes de ter seu bebê e pergunte sobre as rotinas e condutas após o parto. Assim, você poderá se preparar adequadamente de acordo com o que é melhor para seu bebê respeitando sua vontade!

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra