sábado, 25 de novembro de 2017

MATERNIDADE: O QUE NÃO ME CONTARAM

Pensando no dia a dia das mamães, resolvemos publicar um texto super legal de uma mamãe, que conta a experiência com seu filhinho. Vale a pena a leitura. Aproveite!
Durante os 9 meses da gestação, fui me preparando para me tornar mãe. Aprendi a trocar fralda e a dar banho (numa boneca, mas aprendi); aprendi que os bebês devem mamar de 3 em 3h; aprendi a fazer o bebê ter a pega correta durante a amamentação, para não machucar os seios; aprendi que devemos deixar a casa sempre iluminada e com mais barulho durante o dia, e mais silenciosa e escura à noite para que o bebê entenda as diferenças entre o dia e a noite; aprendi que os bebês gostam de ficar bem apertadinhos, numa espécie de "charutinhos" de pano, pois isso faz com que eles se lembrem do útero; aprendi que os bebês não devem, jamais, dormir na cama dos pais... Olha, aprendi muuuuitas coisas.

Aí, o Nathan nasceu. E descobri que eu não "sabia de nada, inocente"... Descobri que trocar fralda e dar banho num bebê era bem mais difícil do que numa boneca, afinal, as bonecas ficam quietinhas, os bebês, não. E mais recentemente, aprendi que quanto mais o tempo passa, mais difícil é trocar o Nathan. Várias vezes ele sai engatinhando com a fralda toda torta. Às vezes até acho que ele vai virar cambalhota e continuar pelado...
E o leite desce depois de alguns dias do nascimento, certo? Errado, comigo não foi assim. Eu simplesmente não tinha leite nas primeiras 2 semanas, e sofri, sofri demais por isso. Tive que tomar remédio pro leite descer e, enquanto isso, o Nathan mamava leite Nan. Tudo o que eu mais temia estava acontecendo, meu sonho era amamentar. Lembro da pediatra e da enfermeira da maternidade dizendo: dê o Nan no copinho, jamais na mamadeira, pra não causar confusão de bicos e o bebê largar o peito. Confusão de bicos, meu Deus, o que é isso? Nem sabia que isso existia! Mas fiz como mandaram, e quando o leite desceu de vez, parei de dar o leite Nan e deu tudo certo.

Tudo certo? Quer dizer, mais ou menos... Bebês devem mamar de 3 em 3h, certo? Errado de novo... Quer dizer, pelo menos o Nathan não era assim. Mamava de hora em hora. E eu, que queria tanto amamentar, estava exausta, não dormia nem 3h por noite e essas 3h eram totalmente picadas. Fora os seios machucados, afinal, esse papo de que "com pega correta, não machuca" é balela (mais uma descoberta). Solução: dar leite Nan à noite, na última mamada, porque o Nan "sustenta" mais e ele dormiria por mais tempo, certo? Errado...Ele continuava acordando de hora em hora e parecia não gostar do Nan, não tomava tudo e ainda queria mamar no peito depois. Resultado: deixa pra lá o Nan e vamos ficar só na amamentação mesmo. Descobri que ele mamava toda hora não necessariamente por fome, e sim por necessidade de sugar.

Necessidade de sugar? Opa, vamos dar uma chupeta pra ele! Chupeta? Nathan não pega chupeta. Tentou outra marca? Tentei, e não pegou. Tenta essa outra, infalível! Aqui falhou! Ah, vc não tentou direito, tem que ficar segurando na boca dele. Fiquei segurando na boca dele, uns 40 min. Parei de segurar porque fiquei com cãibra no braço; 2 segundos depois, ele soltou a chupeta. É, não teve jeito, esse negócio de bicos artificiais não é com ele...
Mas tudo bem, hora de dormir. Dormir? Desde sempre o Nathan gosta do desenho da Luna, uma menininha fofa que canta: "eu quero saber, não quero dormir, o que tá acontecendo eu vou descobrir". Acho que essa música define o Nathan: sempre atento, sempre alerta, sempre curioso, e sempre brigando com o sono. Não dorme com barulho de jeito nenhum! Ah, mas isso é porque você, Claudia, deixou ele mal acostumado! Não, não é. Além disso, qualquer luzinha chama a atenção dele, tem sono leeeeeve. E o sabão da Johnson que dá sono pros bebês, conhece? Conheço, eu morro de sono quando dou banho no Nathan com esse sabão, mas ele continua ligado. E o charutinho? É ótimo, acalma! Acalma? O menino ficava doidinho quando não podia mexer os braços. E rotina? Faça as mesmas coisas todos os dias, isso funciona! Olha, funcionou mais ou menos. E só por 15 dias. Depois, do nada, parou de funcionar...e aí, tinha dia que ele ia dormir às 3h da manhã, às vezes às 6h (quase sempre!!!), às vezes às 20h (e aí, acordava às 3h querendo brincar, feliz da vida).
Enfim, desde que ele nasceu, eu sinto muito sono, rs. Mas também sinto a maior felicidade do mundo. Ele ainda acorda a cada 3h (às vezes a cada 2h) pra mamar de madrugada, e por mais que seja cansativo, aproveito esse momento pra ficar agarradinha com ele, principalmente depois que voltei a trabalhar. E pra quem não tinha leite nos primeiros dias, amamentar até agora é um verdadeiro orgulho para mim!

E a melhor parte é o sorriso dele: um sorriso que não sai do rosto, o dia inteiro!

Quem diria que o bebê chorão dos 2 primeiros meses passaria a ser o bebê sorriso?
Que sorri pra todo mundo, que grita pra chamar atenção até que olhem pra ele?

Só tenho motivos para agradecer a Deus pela vida do Nathan; por ter me dado esse presente tão maravilhoso; por me mostrar que a velha rotina não existe mais; por permitir que eu sinta o maior amor do mundo. Foi tudo bem diferente do que eu imaginava, mas com certeza infinitamente melhor.

Autora: Claudia de Araújo Souza - Advogada

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ATÉ DOIS ANOS

Muitas mamães têm dúvidas sobre como manter seu bebezinho saudável, uma vez que temos tantos produtos disponíveis em mercado. Pensando nisso, montamos essa postagem e listamos os 10 passos para uma alimentação saudável para menores de dois anos, recomendados pelo Ministério da Saúde. Agora não há mais motivos para dúvidas.

1. Até os 6 meses dê somente leite materno, sem oferecer água ou qualquer outro alimento. Isso é chamado de aleitamento exclusivo.

2. A partir de 6 meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos.

3. Após os 6 meses, oferecer alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.

4. A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

5. A alimentação deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Começar com consistência pastosa e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

6. Ofereça à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

7. Estimule o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

8. Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Use sal com moderação.

9. Cuide da higiene no preparo e manuseio dos alimentos. Garanta o seu armazenamento e conservação adequados.

10. Estimule a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Dicas de acordo com a faixa etária:

0 a 6 meses:

- A mamãe deve dar apenas o leite materno, em uma freqüência de 10 a 12 vezes entre dia e noite.

6 a 8 meses:

- Manter a amamentação durante o intervalo das refeições e ofertar alimentos de consistência amassada e raspado em uma quantidade de 2 a 5 colheres de sopa por refeição.

- Podem ser ofertados frutas, legumes, verduras, ovo, carboidratos, carnes e feijão, de 3 a 4 vezes ao dia.

- Levar o alimento até a boca da criança.

9 a 11 meses:

- Manter a amamentação durante o intervalo das refeições.

- Ofertar alimentos picados e cortados (frutas, legumes, verduras, ovo, carboidratos, carnes e feijão) por volta de sete colheres de sopa por refeição, em uma freqüência de 4 a 5 vezes ao dia.

- Comer junto com a criança.

1 a 2 anos:

- Manter a amamentação nos intervalos das refeições.

- Ofertar alimentos picados e cortados (frutas, legumes, verduras, ovo, carboidratos, carnes e feijão) por volta de 9 colheres de sopa por refeição, em uma freqüência de 4 a 5 vezes ao dia.

- Comer junto com a criança.

E lembre-se: consulte sempre seu pediatra!

Fonte: Ministério da Saúde

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

LIDANDO COM AS ASSADURAS DO BEBÊ

Imagine você, mamãe ou papai, que está sempre dando o melhor cuidado para o seu bebê, um dia está trocando a fralda, quando de repente, nota que seu bebê está com assaduras. Isso não deve ser motivo para que se culpe. O que muitos não sabem é que essa lesão é uma reação muito mais comum do que vocês imaginam.

Assadura é uma inflamação cutânea resultante do contato da pele com as fezes e urina somada ao acúmulo de calor na região.
É  mais comum em crianças pequenas, até três anos. O seu pico de incidência ocorre entre os 9 e 12 meses de vida.

Deixa a pele vermelha, levemente inchada e pode evoluir para bolhas e feridas causando desconforto no bebê.

Geralmente compromete a pele na raiz da coxa, nas nádegas, na porção baixa do abdômen e na região genital, exatamente na área coberta pelas fraldas. Por causa da região que afeta, esse tipo de assadura pode ser chamado de dermatite de fralda.

O QUE CAUSA ASSADURA?

O contato da pele do bebê com a fralda úmida e suja, aumenta a sensibilidade no local. Quando somado à urina e fezes, favorece o aparecimento das assaduras. A fricção ajuda a esfolar a pele. O calor produzido na região também pode causá-la, pois contribui para proliferação de fungos intestinais.

Estão também associadas à quantidade de trocas, pois a pele do bebê é muito delicada, e aos cuidados com a higiene na região. Nem as fraldas com grande poder de absorção conseguem tirar a umidade do contato com a pele do bebê.

Importante:

O inicio da assadura é a irritação leve na pele. Se não for tratada, pode evoluir causando desde o aparecimento de bolhas, até feridas na pele. Em casos ainda mais sérios, as feridas podem ser “entrada” para aparecimento de micoses ou de infecção bacteriana.
Caso isso ocorra, procure a ajuda do seu pediatra!

COMO PREVENIR?

- Higiene correta do bebê: com água e sabão neutro;

- Depois do banho ou da troca da fralda, secar cuidadosamente as dobrinhas, evitando fricção na pele;

- Troca frequente da fralda: toda vez que o bebê fizer xixi ou cocô. Caso isso não ocorra, trocá-lo a cada 3 ou 4 horas;

- Evitar uso de lenços umedecidos: usar algodão embebido em água morna;

- A cada troca, utilizar pomada anti assadura: é importante retirar os excessos na próxima troca, com algodão e água morna, antes de passar uma nova camada;

- Não utilizar talco na região: ele impede que a pele respire, aumentando o calor no local;

- Não apertar demais a fralda. É importante deixar espaço para o ar circular e a pele do bebê poder respirar.

QUAL O MELHOR TRATAMENTO?

- Manter o bebê sequinho: a umidade é a causadora da irritação e vermelhidão – trocar sempre que necessário;

- Quando trocá-lo, evitar esfregar a região com força; se possível preferir leves batidinhas;

- Se estiver calor, deixá-lo sem fralda por um tempinho, em um lugar que seja fácil limpar (caso faça xixi ou cocô), podendo ser durante uma soneca, pois isso ajudará a manter a área arejada;

- Aplique pomada para assadura a cada troca de fralda; 

- Experimente trocar a marca da fralda descartável; isto eliminará o problema se a causa for alérgica;

- Uma assadura normal deve melhorar depois de aproximadamente dois dias de tratamento comum (cremes para irritação normalmente à base de óxido de zinco, vitaminas A e D, lanolina, calêndula e óleos).

* Cuidado com pomadas com corticóides: converse com seu médico antes de usar.

PARA APRENDER MAIS SOBRE OS CUIDADOS COM A HIGIENE DO SEU BEBÊ, PARTICIPE DO NOSSO CURSO!

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

PICOS DE CRESCIMENTO E SALTOS DE DESENVOLVIMENTO

O seu bebê tem mamado como um esganado, insaciável, com uma freqüência maior do que estava acostumado, chora, e fica irritado com facilidade, e tudo isso repentinamente? Você tinha a sensação de que tudo estava se encaixando na rotina e de repente desandou? Não se preocupe! Provavelmente o seu bebê está passando pela fase chamada de “pico de crescimento”!

Mas o que é  isso?


Picos de crescimentos são fenômenos que se referem ao crescimento do bebê em si, e não ao seu desenvolvimento. Nessa fase, os bebês solicitam mamar mais vezes que o usual, pois necessitam de mais alimento para crescer nesse ritmo, agora mais acelerado.

A mamãe pode ter a sensação de que o leite não será o suficiente para a demanda do bebê; porém, mamas flácidas não significam mamas sem leite, pois boa parte é produzido durante a mamada, sendo estimulado pela sucção do bebê, atendendo às necessidades de seu crescimento e por isso, a mamãe deve ser paciente e não interferir.


Algumas mães podem interpretar erroneamente a fome do bebê, achando que seu leite não está sendo suficiente e dessa forma, entram com leite artificial prejudicando o equilíbrio perfeito da natureza de produzir o leite de acordo com a demanda.

Mudanças no padrão do sono, acordando mais vezes e solicitando mais mamadas também são comuns; o bebê pode demonstrar irritabilidade e choro até que receba o leite.

Esse período dura de poucos dias a uma semana e passado o momento, o padrão de mamadas diminui, mas o organismo materno já estará adaptado a nova produção.

Todos os bebês passam por estas fases, porém nem todos apresentam diferenças de comportamento.

Os períodos mais comuns dos picos, ocorrem por volta de 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses e no decorrer do crescimento da criança, incluindo a adolescência.

Os picos de crescimentos acontecem diversas vezes, e para lidar com essas fases em que o bebê fica mais sensível e manhoso, os pais precisam de paciência, não devendo se frustrar achando que estão fazendo algo errado, mas sim se lembrar que é algo passageiro e que em breve as coisas voltarão ao normal.


SALTOS DE DESENVOLVIMENTO


O desenvolvimento do bebê acontece aos poucos, de forma irregular, ou seja, às vezes acelera, em outras desacelera.  Se seu bebê está de uma hora para a outra chorando muito, tendo alterações no padrão do sono, ou querendo ficar muito no colo, ele pode estar em um salto de desenvolvimento.


Saltos de desenvolvimento são períodos em que os bebês adquirem novas habilidades (desenvolvimento motor, linguagem, desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento social) e vão até os 20 meses.

No momento que antecede essa fase, o bebê pode se sentir perdido no mundo devido mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo e como ele não está acostumado a elas, recorre ao que ele conhece, ou seja, a mamãe. Assim, o bebê fica mais carente, solicitando mais o colo, podendo comer e dormir pior.

Neste período é esperado ainda que o bebê comece a fazer coisas que não fazia antes da crise: rir, sentar, engatinhar, interagir.

Após a crise, observa-se felicidade e superação do desenvolvimento adquirido.

Abaixo seguem os períodos aproximados de crise:
- 5 semanas / 1 mês
- 8 semanas / quase 2 meses
- 12 semanas / quase 3 meses
- 19 semanas / 4 meses e meio
- 26 semanas / 6 meses
- 30 semanas / 7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses

Tem dúvidas? Quer saber mais sobre esse e outros assuntos? Participe do nosso curso para gestantes!

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

MASSAGEM PARA BEBÊS

Todo mundo gosta de massagem, certo? Você já pensou em utilizá-la em seu filhinho?
Já ouviu falar em Shantala? Sabe o que é? Para que serve?

No texto de hoje, traremos todas as informações a respeito dessa técnica super interessante de massagem com foco no bebê.
Shantala é uma técnica que surgiu na Índia e foi trazida para o ocidente por um médico francês chamado Frederick Leboyer.  

Esse médico percebeu que uma mulher aplicava a massagem em seu filho e ficou impressionado com a harmonia e troca de energia entre os dois.

A técnica é caracterizada por sequências de massagens com óleo, que permite que a mão escorregue melhor.

Pode ser aplicada em bebês a partir do segundo mês de vida. Antes disso não é recomendado, pois o bebê é muito novinho e delicado.

Também é possível aplicá-la em crianças maiores. A dificuldade é que como estas já andam, fica mais difícil mantê-las quietinhas,  na posição adequada.

A massagem é capaz de aproximar ainda mais a mamãe e seu bebê. Isso é possível devido ao vínculo criado entre o bebê e quem realiza a massagem (pai, mãe, avós ou cuidadores).

Quem aprende e realiza a técnica tem uma grande responsabilidade, devendo agir com muito amor e carinho.

Quem pode fazer

Qualquer pessoa que tenha contato com bebê pode aprender a técnica. Não é difícil de aprender, mas aplicá-la é considerada uma arte.

Quem quer aprender a técnica deve procurar um profissional capacitado para ensinar a maneira correta. Há uma sequência a ser seguida, e deve ser respeitada para que dê certo e cumpra com os objetivos.

Quando fazer

A massagem deve seguir uma rotina, ou seja, acontecer sempre no mesmo horário.

O melhor momento para realizá-la é antes da soneca da manhã, mas pode ter como opção, ser antes da soneca da tarde. A técnica se encerra com um gostoso banho relaxante, que leva a um delicioso tempo de descanso.

Quem vai aplicar a massagem deve estar completamente envolvido com o momento, ou seja, ter a atenção totalmente no seu bebê, mantendo sempre o contato visual, o que permitirá o aumento do vínculo juntamente com o toque.

Não realizar a massagem caso o bebê esteja doente ou com gripe!

Benefícios

A massagem proporciona sensação de bem estar, calma, tranqüilidade, segurança. Os estímulos do toque produzem sensações de prazer, calor, amizade, ou seja, amor!

É indicada para relaxamento e criação de vínculo, além de evitar cólicas, melhorar indigestão, respiração, insônia e irritabilidade.

Também é super benéfico para a mãe que se sente melhor com a prática, tendo um momento de relaxamento e proximidade com seu filho ,em meio ao dia a dia tão corrido.

Fique ligado!

Agora nós temos o Curso de Shantala Segredos da Cegonha!
Pensado pra você com muito carinho, capacita para a realização da massagem no seu bebê. Se você mamãe, papai, avó ou cuidador tem interesse, entre em contato. Em breve teremos uma nova data, e queremos você conosco!

Autor: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

VOCÊ ACREDITA EM TUDO QUE TE DIZEM NA GRAVIDEZ?

A gestação é um momento em que a mulher sofre diversas mudanças em seu organismo, muitas delas influenciadas pela ação dos hormônios. Quando começam a aparecer, é muito comum começarem os palpites sobre o bebê, desejos, diversas explicações para a azia, entre outras coisas, e assim, a gestante recebe diversos conselhos dos mais úteis aos mais bizarros.
Por esse motivo, abaixo estão reunidos 10 mitos e verdades sobre a gravidez, para esclarecer um pouco mais o assunto.

EXERCÍCIOS FÍSICOS SÃO PROIBIDOS

MITO. Desde que não haja contraindicação médica, mulheres podem continuar fazendo exercícios durante a gestação, uma vez que os exercícios auxiliam na redução do sedentarismo, diminuindo as chances de desenvolver algumas doenças. O importante é que a gestante tenha orientação de um profissional capacitado e que faça exercícios adequados à sua atual situação. Na gravidez são indicados esportes com baixo impacto, como caminhadas, ioga, natação e hidroginástica.

AZIA É SINAL DE QUE O BEBÊ VAI NASCER CABELUDO

MITO. O que vai determinar se o bebê será ou não cabeludo é a genética.
O organismo da gestante é influenciado por alterações hormonais. No primeiro trimestre da gravidez, a azia se deve à influência desses hormônios, que causam a irritação estomacal. Já no final da gestação é causada pela compressão do estômago pelo útero aumentado.

PODE FAZER DEPILAÇÃO COM CERA

VERDADE. Não há nenhuma restrição em realizar depilação com cera quente ou com lâmina. A que deve ser evitada é a chamada “depilação definitiva” ou a laser, pois não existem estudos que descrevam os efeitos do laser no bebê.

PODE PINTAR O CABELO

DEPENDE. Durante as primeiras 12 semanas, deve-se evitar pintar
o cabelo, pois o bebê está em fase de formação e o couro cabeludo é uma região muito vascularizada, facilitando a entrada da química na circulação. Devem ser evitadas tinturas que tenham em sua fórmula, amônia, benzeno e iodo, pois podem ter efeito tóxico para o bebê, aumentando as chances de má- formação e danos fetais.


GRÁVIDAS SENTEM MAIS CALOR

VERDADE. O aumento do calor acontece devido à aceleração do
metabolismo. As grávidas tendem a suar mais e a sentir mais calor. O aumento da temperatura deve-se à ação do hormônio progesterona, produzido pela placenta.


PRECISA COMER POR DOIS

MITO. Se a grávida levar essa frase a sério, poderá acabar engordando. A gestante apresenta aumento do apetite, causado pela influência hormonal e deve sim  alimentar-se corretamente, de forma saudável, realizando de seis a sete refeições por dia, de forma balanceada, pois o bebê vai receber através da placenta os nutrientes que a mamãe ingerir.

DEPOIS DE UMA CESÁREA NÃO SE PODE FAZER PARTO NORMAL

MITO.
Depois de uma cesárea, pode sim acontecer um parto normal desde que haja um intervalo mínimo de dois anos entre os dois partos, tempo necessário para a cicatrização do corte da cesárea, evitando assim uma possível rotura uterina durante as contrações.

LEITE OU CERVEJA PRETA AUMENTAM A PRODUÇÃO DE LEITE MATERNO

MITO.
A produção de leite não sofre interferência desses líquidos. A gestante deve tomar bastante líquido (água, leite, sucos), e através do estímulo da sucção correta, irá produzir a quantidade adequada para satisfazer o bebê.

GESTANTE PODE ANDAR DE AVIÃO

VERDADE. Os voos comerciais são habitualmente seguros para a grávida e bebê. Muitas companhias restringem voos por segurança. Sendo assim, mulheres grávidas, de gestação não complicada, podem voar longas distancias até 36 semanas, com atestado médico a partir da 28ª semana, confirmando normalidade da gestação e data provável do parto.

Por isso, cheque antes a política da empresa em que pretende voar e, se for preciso, peça um atestado para seu médico. Saiba, porém, que em alguns casos, no finalzinho da gravidez, a partir de 36 semanas, o voo só é mesmo permitido com a presença do próprio médico junto com a passageira no avião.

É PRECISO EVITAR PRODUTOS DE LIMPEZA

VERDADE.
Não são todos os produtos, mas existem alguns que contém amônia ou seus derivados. Esses devem ser evitados,uma vez que essas substâncias podem trazer malefícios ao bebê. Tais produtos podem causar náusea na mãe e má formação no feto, mesmo em pequena quantidade.

Quer saber mais sobre outros mitos e verdades da gestação? Inscreva-se em nosso Curso para Gestantes. Não perca!

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

LENÇOS UMEDECIDOS X ALGODÃO COM ÁGUA

Se você está grávida ou já é mamãe de um bebê, já tem garantido os lencinhos umedecidos ou está com planos de adquiri-los.
Os lencinhos são super práticos, além de ter muitas utilidades, desde limpar o bumbum até ter à mão para uma eventual emergência.
O principal uso para o lenço é a higiene do bebê, sendo um excelente aliado da mamãe. Porém, não deve ser usado rotineiramente.

No dia a dia, a higiene do bumbum do bebê deve ser realizada com algodão e água morna.

Uma sugestão: existem kits que incluem garrafa térmica, potinho para algodão, potinho para a água e tudo fica numa bandeija que organiza e deixa o quartinho ainda mais fofo! Deixe-a próxima do trocador.

Ferva a água, deixe esfriar até ficar morna e guarde na garrafa térmica. Quando for trocar a fralda, estará prontinha para o uso!

Não existe um tipo de algodão mais correto para se usar. O recomendado é aquele que seja mais econômico e que renda mais. Pensando nisso, o de rolo é o que sai mais em conta! O algodão é macio e bem mais econômico que o lenço umedecido!

Além da economia, destacamos aqui que os lencinhos possuem uma textura mais grossa, que favorece o aparecimento de assaduras, devido ao atrito com a pele.

Eles também podem causar alergias ao bebê, que tem uma pele delicada, uma vez que possuem componentes químicos.


Mas então, não posso usar os lencinhos em nenhum momento?

Claro que pode!
Quando você sai de casa com seu bebê, para uma consulta, passeio ou para resolver alguma coisa do dia a dia, existe o risco de ter que realizar a troca da fralda, e nada mais prático do que ter seus lencinhos umedecidos à mão. Ele é super prático e vai te ajudar a quebrar um galho. Só não deve virar rotina!

Importante: após a limpeza do bebê, o bumbum deve ser secado corretamente, para não surgirem assaduras.

Utilize ainda pomadas antiassaduras para proteger seu bebê e evite o uso de talcos! Muitas mães usam talco na tentativa de impedir a vermelhidão, quando na verdade correm o risco de desenvolvê-la, pois os poros do bebê ficam obstruídos.

Gostou da idéia do kit? Essa foto é da nossa parceira D´Provenzza Artesanato. Tem vários modelinhos, um mais lindo que o outro. Confira na loja da Elo7 ou entre em contato pelas redes sociais!

Autor: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

segunda-feira, 31 de julho de 2017

SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO (SMAM): 1 a 7 DE AGOSTO

De 1 a 7 de agosto, comemora-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Esse ano o tema será “Proteger a amamentação: construindo alianças sem conflitos de interesses”.

Em 2017 o tema se relaciona com a criação de alianças que busquem alcançar o objetivo 17 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: fortalecer os meios de execução e revitalizar a Aliança Mundial para o Desenvolvimento Sustentável.

Essa é uma campanha que tem como objetivos a proteção, promoção e apoio da amamentação visando aumentar e consolidar as taxas de aleitamento materno, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.

Considerada um veículo para promoção da amamentação, faz parte de uma história mundial focada na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança.

Desde sua criação em 1948 que a Organização Mundial de Saúde – OMS, tem entre suas ações, aquelas voltadas à saúde da criança, devido à grande preocupação com a mortalidade infantil.  Foi fundada em 1991 a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação – WABA (World Alliance for Breastfeeding Action). Essa Organização criou no ano de 1992 a Semana Mundial de Aleitamento Materno e envolve mais de 120 países.

A Organização Mundial da Saúde (ONU) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) querem chamar a atenção para as vantagens da amamentação e os problemas que as mulheres enfrentam para alimentar seus bebês de forma natural.

De acordo com a OMS, o aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável. O leite materno promove o desenvolvimento sensor e cognitivo da criança, além de protegê-la contra doenças crônicas e infecciosas. A orientação é que o bebê receba somente o leite materno até os 6 meses, e que depois seja associado a outros alimentos, até que a criança complete dois anos ou mais. A amamentação exclusiva reduz a mortalidade infantil por enfermidades comuns da infância, como diarréia e pneumonia, ajuda na recuperação de enfermidades, e aproxima mãe e bebê em um laço que transmite calma e segurança para a criança.

A amamentação, apesar de ser um ato natural, é um comportamento a ser aprendido. Muitas mamães tem dificuldades, mas sabemos que grande parte delas necessita de encorajamento e apoio para amamentar.

Iniciativas como essa, da Semana Mundial de Aleitamento Materno, são essenciais para garantir a conscientização da sociedade sobre a importância da amamentação, e demonstram a necessidade de investimento em campanhas que rompam com conceitos errados, que muitas vezes levam a mãe a desistir de amamentar por falta de conhecimento e apoio.

Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria, Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network (IBFAN), Aleitamento.com, Waba.

sábado, 29 de julho de 2017

FRALDAS DE PANO: PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE

Nos dias em que tanto se fala sobre cuidar do meio ambiente e ter atitudes sustentáveis, trazemos uma alternativa às fraldas descartáveis: as fraldas de pano. Evitam o lixo acumulado com a enorme  quantidade de fraldas descartáveis, que se acumulam contaminando e poluindo o meio ambiente.
Os modelos oferecidos hoje são mais modernos e práticos. Diferentes de um pano preso com alfinetes, envolto por calça plástica como eram no passado, agora possuem fechos de botões ou velcro ajustáveis.

Existem versões de fraldas com absorventes ,que podem ou não ser retirados para lavar. A que permite remoção, possui um bolso onde é inserido o “recheio” da fralda, que pode ser um absorvente de flanela ou outro tipo de forrinho.

O tecido da camada externa pode variar: algodão, plush, malha ou poliéster, que tem como vantagem a rapidez da secagem.

As fraldas também podem ser de diferentes materiais, tendo como opções: 100% algodão ou tecidos esportivos como dry fit e poliamida – tecidos de secagem rápida e resistência à lavagem  em máquina.

Qual a quantidade de fraldas?

Para começar a usar fraldas de pano, teste algumas opções antes de comprar um monte de fraldas, para ter certeza que o seu bebê se adaptará a elas.

Quanto aos números, a quantidade de fraldas necessárias varia de acordo com a quantidade de trocas, freqüência das lavagens e modelos. Se forem da marca “bebê ecológico”, por volta de 20/25 forrinhos absorventes, 20 capas anti-vazamento ,mais ou menos e 15 capas externas são suficientes para uma lavagem a cada três dias , em média

Modelos

- Com bolso: pocket. Coloca-se um absorvente no bolso.

- Capa: algumas são usadas sobre fraldas, outras sobre absorventes e outras, as capas com suporte, usam o absorvente dentro de um plástico.

Como usar?

Para utilizar, basta montar a fralda. Para isso, insira o recheio no bolso com cuidado, para evitar que fiquem espaços vazios nas laterais (isso pode provocar vazamentos). Além disso, é importante ter atenção ao ajuste dos elásticos e botões, para que a fralda fique na medida certa do seu bebê.

Pomadas para assaduras não são recomendadas por grudar e manchar o tecido. Se aparecerem pontos vermelhinhos (assaduras), usar pomada menos gordurosa. Colocar um forrinho ou absorvente de algodão bem fino para formar uma barreira entre a fralda e o bebê.

Como lavar? 

- Acumular aproximadamente 10 fraldas.

- Podem ser armazenadas em balde com água, que deve ser trocada todos os dias.


- Enxaguar no tanque ou máquina.

- 1º ciclo enxaguar com bastante água; depois juntar as outras roupas sujas e aplicar lavagem normal.

- Uma outra opção é lavá-las uma por uma, a mão, de acordo com o uso diário – essa forma é recomendada para pessoas que tem poucas fraldas, assim rapidamente você terá a fralda de volta em mãos.

- Preferível secar ao sol, pois diminui as manchas, impede o odor, além de economizar energia.

​​Atenção:

- Se for armazenar em balde com água, deixar fora do alcance de crianças.

- Fralda com cocô: despejar o cocô no vaso sanitário ,usando a ducha higiênica e escovinha para resíduos.

- Não usar amaciante e alvejantes

- Verificar instruções do fabricante para lavagem. Alguns permitem o uso do vinagre branco no balde em que as fraldas ficam de molho, para evitar o mau cheiro.

- As fraldas quando compradas vem com uma goma impermeável, que após a 5ª lavagem geralmente, é totalmente removida.

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

domingo, 23 de julho de 2017

ANDADOR: MOCINHO OU VILÃO?

O uso do andador nos últimos anos se tornou um assunto muito polêmico. Podem ser coloridos, ter acessórios chamativos, botõezinhos e rodinhas, que deixam as crianças praticamente de pé. Muitos pais defendem seu uso, geralmente baseando-se nas experiências vividas anteriormente com seus filhos pequenos, que utilizaram e não tiveram nenhum problema. Em contrapartida, temos aqueles que são contra a sua utilização, por apresentar muitos riscos às crianças, tornando-o perigoso.

Mas afinal, o que é melhor: usar ou não usar?
No Canadá é proibido vender, importar e fazer propaganda de andador para bebês. Estudos britânicos mostram que é o equipamento infantil que mais provoca acidentes e lesões, principalmente devido à velocidade que os bebês podem atingir e aos riscos de queda. No Brasil, ainda há uma luta por leis que tornem seu uso proibido, ficando a critério dos pais a sua utilização; mas os pediatras contraindicam seu uso.

Muitos pais afirmam que dá mais segurança às crianças, evitando quedas, mais independência devido ao aumento da movimentação do bebê e promove o desenvolvimento físico.

Embora sejam argumentos de pessoas que experimentaram o andador, não existe nenhum estudo que comprove essas afirmações; pelo contrário, o que temos são informações que comprovam os riscos.

Estudos apontam que a idéia de que o andador é seguro está errada. O andador é causa de muitas emergências pediátricas. Quando o bebê sofre um acidente com andador, em geral, a primeira parte do corpo a ser atingida é a cabeça, podendo haver traumatismos cranianos de diversas proporções, desde leves, sem consequências, até bem mais graves e, em casos extremos, fatais. Outros acidentes envolvem fraturas, queimaduras (pela proximidade com tomadas e panelas), intoxicações e afogamentos,sendo  os casos mais graves  ligados às quedas.

Por ano, são realizados cerca de dez atendimentos na emergência para cada mil crianças com menos de um ano de vida, vitimas de acidentes com o andador, o que corresponde a pelo menos um caso a cada duas ou três crianças que usam o aparelho.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que o problema está em dar independência demais em uma fase onde a criança ainda não tem noção do perigo a que se expõe. O equipamento dá a falsa impressão de segurança, e assim, os adultos tendem a deixar a criança mais tempo sozinha enquanto fazem outras tarefas (cozinham, passam roupa, assistem televisão, entre outros). Lembrando que mesmo com supervisão de um adulto, o risco de acidentes e traumatismo permanece alto.

Ainda segundo a SBP, o andador atrasa levemente o desenvolvimento psicomotor da criança. Os bebês levam mais tempo para ficar em pé e caminhar sem apoio, engatinham menos, e tem a parte de exercícios físicos prejudicada uma vez que confere mais mobilidade e velocidade, a criança precisa de menos energia com ele do que se estivesse por conta própria tentando alcançar o que deseja.

O andador força a criança a pular várias etapas essenciais para o desenvolvimento. Por exemplo, não deixa a criança experimentar os tombos naturais do início do aprendizado, limitando seu equilíbrio e podendo deformar a estrutura óssea da perna, que ocorre principalmente se o bebê ainda for pequeno para o andador, pois usará apenas as pontas dos pés para se movimentar.

Bebês que usam o andador, tornam-se mais inseguros para andar sem qualquer apoio, demorando mais tempo para andar sozinhos.

Nos Estados Unidos e na Europa há um movimento intenso para que legislações como as canadenses sejam aprovadas e colocadas em prática. No Brasil estamos caminhando lentamente quanto a isso, a venda já foi proibida e posteriormente liberada e, por esse motivo, contamos com o bom senso dos pais, a fim de não exporem seus bebês a um produto perigoso e desnecessário.

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

segunda-feira, 17 de julho de 2017

ANSIEDADE NA GESTAÇÃO

Nos dias atuais a ansiedade tem chamado muito a atenção. Em primeiro lugar, precisamos saber que a ansiedade faz parte do processo normal do desenvolvimento humano, podendo estar presente em todos os períodos do ciclo vital. Todavia, em alguns momentos da vida, a ansiedade é mais intensa que em outros e, dependendo do período, ela é considerada como um estado emocional esperado, como: mudança de emprego, espera do resultado de um concurso ou exame médico, casamento, nascimento de um filho, entre outros.
Para as mulheres, a gestação é um período em que surge uma ansiedade natural, decorrente das alterações próprias da fase, sendo essas de ordem psíquica, social, física e biológica. Nesse contexto, podemos citar como mudanças físicas e biológicas e seus sintomas, os seguintes: enjôo, vômito, inchaço, azia,  sonolência, aumento do apetite e do peso, dores na coluna, cansaço, etc.

Dentre as de ordem psíquica e social estão: temor, insegurança, sentimento de desamparo, ansiedade, receio de perder a beleza física, mudança dos hábitos, horários e atividades, e outros. Há ainda o aumento da sensibilidade, mudança nas emoções, alterações na pele e nos seios e o surgimento de varizes.

Há também fatores não relacionados diretamente à gravidez que podem aumentar a ansiedade nesse período, como: problemas financeiros, familiares, de relacionamento, etc.

Na sociedade atual, é comum os casais adiarem o nascimento dos filhos, privilegiando a estabilidade profissional, sendo cada vez mais freqüente a gravidez depois dos 40 anos e, como decorrência, o medo de que o filho nasça com alguma má-formação ou deficiência.

Algumas grávidas sentem-se incapazes de interromper o consumo do cigarro, e outras têm a preocupação de como lidar com o tratamento que estejam fazendo com algum medicamento controlado. Muitas não se sentem aptas para cuidar, amamentar e fazer a higiene do bebê.

Com a proximidade do parto, a ansiedade tende a aumentar, pois existe o medo das dores características, da possibilidade de um parto prematuro ou de que algo aconteça com ela ou o bebê, além da expectativa de mudança de rotina da vida.

Durante a gestação, a mãe atribui identidade ao bebê, conferindo-lhe expectativas e sentimentos quanto ao sexo, nome, características físicas e psicológicas, e outras, além de interagir com ele, iniciando o vínculo afetivo.

Se durante a gravidez a mulher se sentir tomada por muita tristeza (como decorrente de luto ou depressão, por exemplo) ou se não houver nenhum entusiasmo na preparação da chegada do bebê, é hora de buscar ajuda especializada. Pesquisadores têm alertado que a  ansiedade elevada na gestação pode trazer consequências, não só para a gestante, como também para o feto/bebê.

É importante ressaltar que o apoio emocional do marido à esposa durante o período da gravidez contribui para que ela tenha uma melhor adaptação ao processo de gestação e do parto.

E, por último, fazer um curso para gestantes com especialistas da área da saúde, é altamente recomendável, pois eles orientarão os futuros papais sobre os cuidados com o recém-nascido.

Autora: Cleide F. Redondo - Psicóloga Clínica

quinta-feira, 13 de julho de 2017

ROTINA: MEU BEBÊ PRECISA!

Muitos pais têm dificuldade na hora de criar rotina para seu bebê. Pensando nisso, reunimos 10 dicas baseadas no livro “A Encantadora de Bebês”. Essas dicas não são regras para a vida de ninguém, mas podem ajudar muito!
1. Comece praticando o “EASY”

Esse é um método composto por ciclos que se repetem. Sendo assim, os pais não seguem o ritmo do bebê mas assumem o comando, enquadrando o bebê à sua rotina.

Cada letra tem um significado: Alimentação (EATING), Atividade (ACTIVITY), Sono (SLEEP) e tempo para você (YOU).

– (E) Alimentação: hora da mamada.

– (A) Atividade: brincar um pouco independente da idade do seu filho, colocar uma música, móbile, brinquedos ou até mesmo uma conversa.

– (S) Sono: o sono ajuda a criança a crescer. Lembrando que boas sonecas durante o dia (não precisam ser longas) fazem o bebê dormir melhor à noite.

– (Y) Tempo para você: Enquanto o bebê estiver dormindo, você pode dedicar esse tempo para cuidar de você mesma!

2. Mamadas com intervalos corretos

As mamadas devem ter, no mínimo, um intervalo de 2 horas e, no máximo, de 4 horas. Ou seja, nem sempre que o bebê chora é fome. Criando uma rotina nas mamadas ficará mais fácil entender quando o bebê está realmente com fome.

3. Rotina de sono - ritual

Seguir um ritual sempre igual na hora de dormir sinaliza para o bebê que é hora de ir para a cama, coisa que talvez ele não saiba. “O bebê fica mais relaxado se souber o que vai acontecer”, diz a especialista em sono infantil JodiMindell. “Quanto mais relaxado ele estiver, mais provável será que ele vá para a cama sem problemas e durma rápido.”

O ritual que antecede o sono tem de ser repetido diariamente, para que o bebê perceba a aproximação da hora de dormir. Massagem, banho, troca de fralda e mamada à meia-luz, canção de ninar, carinho, leitura de histórias e até mesmo o fechar das cortinas na presença do bebê: os pais escolhem o que mais lhes agrada, contanto que seja algo relaxante e prepare-o para dormir.

Para encerrar o ritual, é aconselhável colocar o bebê no berço ainda acordado, para que durma por conta própria, sem a interferência de adultos. Assim, cria-se um bom padrão de sono para a saúde dele e dos pais.

4. Enrolar o bebê na manta para dormir

Bebês pequenos não têm controle dos braços e pernas. Quando estão cansados ficam mais agitados, sacudindo os membros no ar para demonstrar exaustão.

Algumas crianças apresentam espasmos durante o sono, se assustando com o movimento e conseqüentemente acordam. Uma forma de impedir esse estímulo é enrolar o bebê em uma manta ou cueiro.

Isso funciona até 3 ou 4 meses aproximadamente.

5. Não trocar o dia pela noite

Para isso, o ideal é fazer a rotina das mamadas de 3 em 3 horas durante o dia, acordando o bebê se necessário. Também é importante deixar que entre luz natural no ambiente onde o bebê está dormindo durante o dia e, à noite, deixá-lo no escuro.

6. Dar banho sempre no mesmo horário

7. Passeio e banho de sol

Lembrando que os banhos de sol devem ocorrer antes das 10 horas e após as 16 horas. O bebê pode ficar só de fralda se o local for protegido do vento e com temperatura agradável.

Aproximadamente dez minutos é tempo suficiente  para ficar no sol, lembrando que é sempre importante confirmar antes com seu pediatra.

8. Liberdade para o pai

O pai não amamenta e, normalmente, está fora na maior parte do dia. Por isso, muitos se sentem excluídos da relação com o bebê nos primeiros meses. Além disso, é comum as mães terem um sentimento de posse e acharem errado tudo o que os homens fazem com as crianças.

É importante que as mamães se policiem e deixem os pais agirem com mais liberdade, pois os filhos precisam ser expostos às diferentes maneiras de serem cuidados, para se desenvolver bem. Essa liberdade permite que os pais participem mais da rotina da criança e dividam com as mães as tarefas de dar banho, trocar fraldas, fazer massagens, atividades que antecedem o sono, entre outras.

9. Brincadeiras

Antes das sonecas, as brincadeiras devem ser relaxantes, com carinho, massagens e canções de ninar.

Uma boa opção é deixá-lo de bruços – sempre com a supervisão de um adulto para evitar acidentes –, assim o bebê exercita a musculatura do pescoço.

10. Evitar colo na hora de dormir

Ponha o bebê no berço para que ele se acostume e não precise de tanto mimo. Se o bebê ainda não foi habituado a adormecer sozinho, a dica é fazê-lo o mais rápido possível.

É bastante importante que o bebê consiga adormecer sem que lhe embalem, pois se ele não se habituar a isso e acordar durante à noite, muito dificilmente conseguirá adormecer sem essa ajuda.

Autor: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra