Muito se fala hoje em dia sobre o
clampeamento tardio de cordão que nada mais é do que esperar um tempinho para cortar o cordão umbilical.
Abaixo, seguem algumas informações importantes
para você que quer entender mais do assunto.
Durante um trabalho de parto,
após a expulsão do bebê acontece a saída da placenta.
É de costume cortar o
cordão umbilical que liga o bebê à placenta, imediatamente após o nascimento, ou seja, muitas vezes é
feito um procedimento rápido.
O cordão umbilical é composto de
duas artérias e uma veia. Sendo assim, tem pulsação mesmo após o nascimento do
bebê. Por esse motivo, hoje a recomendação da Organização Mundial da Saúde é
que para cortar o cordão este não deve mais ter pulsação.
Enquanto há pulsação, há bombeamento
de sangue para o recém-nascido, reduzindo assim o risco de anemia infantil!
Também defende-se que a espera permite uma adaptação mais fisiológica (natural) do recém-nascido à respiração com seus
próprios pulmões.
Preconiza-se realizar o corte entre 1 e
3 minutos após o nascimento.
Esse breve atraso é responsável
por aumentar as reservas de ferro do bebê em até 50% aos 6 meses de idade nos
bebês nascidos a termo (37 a 40 semanas de gestação).
A anemia infantil tem como uma
das principais causas a deficiência de ferro, aumentando a mortalidade infantil
e causando problemas de desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental.
Os órgãos de saúde hoje sugerem
que o clampeamento tardio é uma intervenção segura e capaz de aumentar os
estoques de ferro nos primeiros seis meses de vida, podendo integrar programas
que visem à redução da deficiência de ferro e anemia em lactentes.
Porém essa intervenção ainda é
limitada demandando mais estudos na área comprovando seus benefícios e preocupações
a respeito da prática.
Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra