terça-feira, 22 de maio de 2018

CORDÃO UMBILICAL: DEVO ESPERAR PRA CORTAR?


Muito se fala hoje em dia sobre o clampeamento tardio de cordão que nada mais é do que esperar um tempinho para cortar o cordão umbilical.

Abaixo, seguem algumas informações importantes para você que quer entender mais do assunto.

Durante um trabalho de parto, após a expulsão do bebê acontece a saída da placenta.
É de costume cortar o cordão umbilical que liga o bebê à placenta, imediatamente  após o nascimento, ou seja, muitas vezes é feito um procedimento rápido.

O cordão umbilical é composto de duas artérias e uma veia. Sendo assim, tem pulsação mesmo após o nascimento do bebê. Por esse motivo, hoje a recomendação da Organização Mundial da Saúde é que para cortar o cordão este não deve mais ter pulsação.

Enquanto há pulsação, há bombeamento de sangue para o recém-nascido, reduzindo assim o risco de anemia infantil!

Também defende-se que a espera permite uma adaptação mais fisiológica (natural) do recém-nascido à respiração com seus próprios pulmões.

Preconiza-se realizar o corte entre 1 e 3 minutos após o nascimento.

Esse breve atraso é responsável por aumentar as reservas de ferro do bebê em até 50% aos 6 meses de idade nos bebês nascidos a termo (37 a 40 semanas de gestação).

A anemia infantil tem como uma das principais causas a deficiência de ferro, aumentando a mortalidade infantil e causando problemas de desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental.

Os órgãos de saúde hoje sugerem que o clampeamento tardio é uma intervenção segura e capaz de aumentar os estoques de ferro nos primeiros seis meses de vida, podendo integrar programas que visem à redução da deficiência de ferro e anemia em lactentes.

Porém essa intervenção ainda é limitada demandando mais estudos na área comprovando seus benefícios e preocupações a respeito da prática.

Autora: Cristina Volcov - Enfermeira Obstetra

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