Antes mesmo de nos casarmos já vinha o assunto e a vontade
de ter filhos. Sempre pensávamos em ter uma família grande. Engravidamos do
primeiro filho meses depois e ai começou a procura pelos tipos de partos e
sobre os médicos. Queria um parto normal, mas não sabia que havia diferença entre
o normal e natural.
Meses se passaram e encontramos um grupo de apoio a casais
gestastes e lá começou a descoberta de um novo mundo. O mundo do parto
domiciliar.
Estudamos, pesquisamos, nos orientamos e decidimos que
teríamos o nosso filho em casa, com uma parteira e com uma equipe de pediatra
neonatal e doula.
Assim foi. Um lindo parto domiciliar aconteceu e um lindo
menino nasceu.
Passaram dois anos e queríamos aumentar a família novamente.
Sim, estávamos grávidos e o nosso segundo filho também nasceu de um lindo e planejado parto
domiciliar.
Como sempre desejamos ter uma família grande, planejamos o
nosso terceirinho e também seria um
parto domiciliar, mas não queríamos saber o sexo do bebe. Dessa vez seria um
parto de um bebe surpresa. Acertamos tudo com a nossa equipe e lá fomos nós
para mais um parto domiciliar. Já estava com 40 semanas de gestação e nada da
Valentina ou Vicente querer vir ao mundo. Cada dia era uma ansiedade, pois o
tempo corria e eu não queria fazer uma cesárea desnecessária.
No domingo de madrugada o meu tampão saiu, mas como estavam tranquilas as contrações, consegui voltar
a dormir. Dormi ate umas 6 horas da manhã, quando as dores ficaram mais
intensas e resolvi ligar para a equipe. A equipe chegou por volta das 7:30hrs
da manhã e aí começou todo um processo: ficar no chuveiro, na bola de pilates,
tomar chá, receber massagens nas costas...etc Tudo para relaxar.
As 10:30 o
Vicente resolveu nascer. Foi um parto rápido, lindo e ele nasceu empelicado
(dentro da bolsa). Veio direto para o meu colo, onde eu pude amamentar e só
cortaram o cordão umbilical, depois que parou de pulsar.
E assim a nossa família se completou. Tomás, Caio e Vicente
chegaram ao mundo em lindos partos domiciliares, bem assistidos e muito
respeitados.
Um parto com amor e respeito, é o mínimo que toda mulher e bebê merecem. Independente do tipo de parto (domiciliar ou hospitalar), um nascimento
é algo sagrado.
Autor: Carolina Milan