sexta-feira, 28 de abril de 2017

RELATO DE PARTO DOMICILIAR

Antes mesmo de nos casarmos já vinha o assunto e a vontade de ter filhos. Sempre pensávamos em ter uma família grande. Engravidamos do primeiro filho meses depois e ai começou a procura pelos tipos de partos e sobre os médicos. Queria um parto normal, mas não sabia que havia diferença entre o normal e natural.

Meses se passaram e encontramos um grupo de apoio a casais gestastes e lá começou a descoberta de um novo mundo. O mundo do parto domiciliar.

Estudamos, pesquisamos, nos orientamos e decidimos que teríamos o nosso filho em casa, com uma parteira e com uma equipe de pediatra neonatal e doula.
Assim foi. Um lindo parto domiciliar aconteceu e um lindo menino nasceu.

Passaram dois anos e queríamos aumentar a família novamente. Sim, estávamos grávidos e o nosso segundo filho  também nasceu de um lindo e planejado parto domiciliar.

Como sempre desejamos ter uma família grande, planejamos o nosso terceirinho  e também seria um parto domiciliar, mas não queríamos saber o sexo do bebe. Dessa vez seria um parto de um bebe surpresa. Acertamos tudo com a nossa equipe e lá fomos nós para mais um parto domiciliar. Já estava com 40 semanas de gestação e nada da Valentina ou Vicente querer vir ao mundo. Cada dia era uma ansiedade, pois o tempo corria e eu não queria fazer uma cesárea desnecessária.

No domingo de madrugada o meu tampão saiu, mas como estavam tranquilas as contrações, consegui voltar a dormir. Dormi ate umas 6 horas da manhã, quando as dores ficaram mais intensas e resolvi ligar para a equipe. A equipe chegou por volta das 7:30hrs da manhã e aí começou todo um processo: ficar no chuveiro, na bola de pilates, tomar chá, receber massagens nas costas...etc Tudo para relaxar. 

As 10:30 o Vicente resolveu nascer. Foi um parto rápido, lindo e ele nasceu empelicado (dentro da bolsa). Veio direto para o meu colo, onde eu pude amamentar e só cortaram o cordão umbilical, depois que parou de pulsar.

E assim a nossa família se completou. Tomás, Caio e Vicente chegaram ao mundo em lindos partos domiciliares, bem assistidos e muito respeitados.

Um parto com amor e respeito, é o mínimo que toda mulher e bebê merecem. Independente do tipo de parto (domiciliar ou hospitalar),  um nascimento  é algo sagrado.
 Autor: Carolina Milan

segunda-feira, 24 de abril de 2017

OS PERIGOS QUE MORAM NO BERÇO

Antes da chegada do bebê, os pais se programam, fazem reformas, montam um lindo quartinho e colocam mobílias adequadas ao conforto do bebê, entre elas, o berço. Muitas vezes, os pais desconhecem a necessidade de tomar alguns cuidados para não expor o bebê a riscos. Listamos os 10 mais importantes. Confira e veja se seu bebê está seguro!
1. Kit berço

Há risco de sufocamento e de prender pernas e bracinhos, além de acumular pó.
Se você achar que é necessário, existe no mercado um protetor que é fino e apresenta pequenos furos, ou seja, o bebê não tem como ficar preso e caso o bebê encoste, conseguirá respirar através dos furos.

2. Colchão

Um vão entre o berço e o colchão, representa risco de asfixia a um bebê que possa ficar com o rostinho parado ali.
Preste atenção se o colchão se encaixa corretamente no berço. Segundo o Inmetro, o espaço entre as extremidades do berço e o colchão, não deve ultrapassar 3 centímetros. Caso o colchão seja comprado separadamente, o manual de instruções do berço deve especificar dimensões e densidade apropriadas para o móvel.

3. Grades do berço

A distância entre as grades deve ser, no máximo, de 6 cm, distância que garante a segurança da criança. 

4. Brinquedos

Muitos pais gostam de deixar brinquedos e ursinhos de pelúcia no berço para enfeitar e até mesmo entreter os bebês. Isso é muito perigoso!
Deixe o mínimo de coisas possível no berço! Quanto mais itens, mais chance de sufocamento ou de machucar o bebê.

5. Travesseiro e almofadinhas
Há risco de sufocamento!
O travesseiro não é item necessário durante o primeiro ano de vida. Bebês precisam dormir em superfícies firmes e retas.

Verifique se não há no berço nada que possa ser sugado pelo bebê. Botões, cordões e até fraldinhas de boca podem ser enfiados na boca da criança.

6. Babá eletrônica

É uma aliada dos pais, mas tome cuidado. Algumas possuem fios, e se estiverem à altura da criança podem enroscar em alguma parte do corpo ,podendo levar à gangrena do membro ou até mesmo sufocar o bebê.

7. Grade

Certifique-se sempre de deixar a grade elevada, impedindo assim que haja a queda da criança.

8. Cortinas e janelas

Cortinas juntam pó e podem levar o bebê a ficar preso em seus fios e até se sufocar. Janelas tornam-se muito perigosas pelo risco de queda. Grades e telas de proteção são fundamentais.
Crianças aprontam até nas casas mais seguras. Todo cuidado é pouco!

9. Cobertas

Cuidado com a quantidade de cobertas utilizadas em bebês novinhos, pois podem sufocar. Lembre-se também de cobrir o bebê somente até a parte de baixo do braço.

10. Posicionamento do bebê

A posição correta para o bebê dormir, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é com a barriguinha para cima e com o rostinho lateralizado.

Autor: Cristina Volcov
Enfermeira Obstetra

quinta-feira, 20 de abril de 2017

AMAMENTAÇÃO CRUZADA

Hoje vamos falar de um assunto super importante: a amamentação cruzada. Muitas mamães talvez nem saibam o que é, ou quais os riscos a que se submetem. Leia o texto abaixo e tire todas as suas dúvidas!


Chamamos de amamentação cruzada a prática de amamentar filhos de outras mulheres, seja qual for o motivo (dificuldade de amamentar, prematuridade, falta de leite, facilitar a vida da outra mulher, entre outros).

Essa era uma prática comum antigamente, inclusive, existiam as amas de leite. A partir de 1985, a amamentação cruzada começou a ser contraindicada.

Recentemente uma atriz famosa afirmou que não consegue amamentar e que por isso, sua irmã amamentaria sua filha. Assim como ela, muitas mães acham que estão fazendo uma boa ação, que estão ajudando ao alimentar o bebê de outra mãe, que por alguma razão não consegue. O problema, é que existe um alto risco de transmissão de doenças infectocontagiosas, pelo leite ou pelo sangue, proveniente de machucados na mama, por exemplo, pela AIDS.O bebê acaba exposto a riscos desnecessários.

Ao contrário do que se possa imaginar, não traz benefícios para a saúde do bebê!

E se a pessoa que vai amamentar já fez os exames e não tem nenhum problema?

A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Mesmo se esta mãe estiver com os exames normais ou tenha tido uma gravidez tranquila, pode estar em uma janela imunológica, e esse bebê correr o risco de contrair alguma doença.

O aleitamento materno é muito importante tanto para a mamãe quanto para o bebê, e deve ser incentivado, desde que seja entre a mãe e seu bebê.

Não posso amamentar. O que devo fazer?

Como já foi citado acima, existem algumas situações que impossibilitam que a mãe amamente seu bebê. Nesses casos, primeiramente converse com seu médico obstetra ou com o pediatra, que vai passar todas as orientações.

Caso não consiga nenhum auxílio, seu bebê não ficará sem leite. Os bancos de leite existem para isso.

Qual a diferença do leite do banco de leite para o leite de outra pessoa?

A diferença principal é que o leite do Banco de Leite Humano é tratado, pasteurizado e, por isso, isento de qualquer possibilidade de transmissão de doenças.

Lembrando: se você está com dificuldades para amamentar seu bebê, procure um profissional de saúde que possa ajudá-la ou procure um banco de leite humano!
A família ou a mãe sozinha, provavelmente não darão conta. Por mais que uma mãe tenha tido experiência boa em uma amamentação na gestação anterior, pode não ter na atual. Cada bebê é diferente!

Autor: Cristina Volcov
Enfermeira Obstetra

quarta-feira, 19 de abril de 2017

COMO RETIRAR LEITE MATERNO

Após o nascimento do bebê, acontece a “descida do leite”. Nesse momento as mamas ficam muito cheias, necessitando ser esvaziadas através da ordenha. Outras situações também exigem o esvaziamento, como: armazenamento de leite, doação ou até mesmo antes e após as mamadas, a fim de evitar traumas e ingurgitamento das mamas.
A ordenha deve ser realizada após o bebê mamar. O leite pode ser retirado da mama que não foi ofertada ou da que o bebê mamou menos.
Geralmente, na primeira mamada da manhã, as mamas estão mais cheias, “sobrando” mais leite para a retirada após a mamada do bebê. Caso não esteja com seu bebê, (por exemplo, no trabalho) retire o leite no horário em que ele mamaria, dessa forma terá leite para armazenar e continuará estimulando a produção de leite.

No início pode ser mais difícil tirar o leite, por causa da pequena quantidade, não sendo isso um problema, pois você pode juntar outras vezes o leite, até que obtenha a quantidade desejada.

Após a retirada do leite, é importante armazená-lo corretamente para que possa ser ofertado ao bebê num outro momento, sem o risco de estragar. Ou se for o caso de esvaziamento da mama, apenas desprezá-lo. Leia nosso post sobre o armazenamento correto do leite.

ORDENHA MANUAL

Se for armazenar o leite, é importante tomar os seguintes cuidados:

1º Escolha um lugar limpo, tranqüilo e longe de animais;
2º Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
3º Lave as mãos e braços até o cotovelo com sabão e água em abundância e seque em uma toalha limpa;
4º Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca;
5º Antes de iniciar a coleta, lave as mamas apenas com água;
6º Seque as mãos e as mamas com uma toalha limpa;
7º Procure um lugar limpo e tranquilo para retirar o leite (evite banheiro e cozinha);
8º Massageie as mamas utilizando a polpa dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola (parte escura) para o corpo;
9º Coloque o polegar acima da linha onde acaba a parte escura da mama e os outros dedos abaixo. Firme os dedos. Empurre para trás em direção ao corpo. Tente aproximar a ponta do polegar com as pontas dos outros dedos, apertando e soltando até o leite sair;
10º Despreze as primeiras gotas ou jatos;
11º Abra o vidro. Coloque a tampa com a boca virada para cima sobre um pano limpo;
12º Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola. Após terminar a coleta, feche bem o vidro.

Se não for guardar nem doar o leite, não é necessário evitar contaminação. Proceder a ordenha de acordo com o item 8 e depois desprezar o que coletar.

Tempo aproximado da ordenha: 20 a 30 minutos em cada mama (primeiros dias).

BOMBA TIRA-LEITE

Existem dois tipos: bombinhas elétricas e manuais.


Bombinhas elétricas (ou a bateria): colocar junto ao seio uma peça de sucção, ligando à máquina e a deixe fazer o trabalho de extrair o leite e transferi-lo para um recipiente conectado. A pressão e a velocidade podem ser ajustadas a uma intensidade confortável.

Bombinhas manuais: utilizam de uma peça de sucção, mas é você quem tira o leite ao apertar um mecanismo ou uma manivela, em vez de contar com a pressão feita através de um equipamento elétrico.

Esse tipo de bombinha deve ser evitada se a mamãe apresentar algum tipo de lesão ou fissura mamilar, caso contrário o machucado pode piorar devido à pressão exercida sobre o mamilo.

Tempo aproximado: 15 a 45 minutos (esvaziar os dois lados).
Participe do nosso curso para gestantes e aprenda mais sobre a gestação, parto, pós parto e cuidados com a mãe e bebê. Estamos te esperando!

Lembre-se: se você tem muito leite, pode ajudar mamães que não tem, a amamentar seus bebezinhos.

Autor: Cristina Volcov
Enfermeira Obstetra