O mês em que é comemorado o dia das mães está chegando e para homenagearmos as mamães que nos seguem, publicaremos textos de super mamães contando suas experiências mais marcantes.
O relato de hoje está super especial! É sobre a Larissa, 28 anos, educadora física e o mais importante segundo ela: mamãe do Luca Masao.
Estou aqui pra falar um pouquinho de como foi a descoberta
da gravidez, o durante, a chegada do Luca e os primeiros dias em casa com ele.
A descoberta:
Rotina nova de trabalho, chegando em casa tarde, aplicativo
da pílula lembrando para tomá-la, esquecia e dormia. No dia seguinte, tomava. E
assim foi durante fevereiro e começo de março.
Acabou a cartela, espero a menstruação, e quem vem: um aviso
do aplicativo falando que a dita estava atrasada.
Choque, desespero, medo, ansiedade, preocupação!
No dia seguinte, corri pra farmácia pra comprar o teste de
gravidez, e na hora deu positivo. Não acreditei! Dúvida no ar, saí correndo pro
laboratório pra fazer exame de sangue (Beta-HCG). Espera angustiante ate o dia
seguinte. Resultado: mais do que positivo!
Ainda assim, sem acreditar, marquei ultrassom. Aparece na
imagem, um grãozinho de gente, com um mini coração, batendo forte e acelerado.
E a pessoa na hora já enche os olhos de lágrimas!
Um misto de sentimentos e pensamentos vêm, bons e
ruins.
Até que contei para o marido e ele também, misto de
sentimentos e pensamentos. Conversamos e nos acalmamos. Nossas vidas mudaram a
partir do momento que falei.
O durante:
Primeiros 3 meses, cansaço, muito sono (além do que já
tinha), enjoos, idas ao Pronto Socorro por conta dele. Dando aula e saindo no
meio pra ir ao banheiro.
Quarto mês chegou, e a descoberta de quem estava vindo por
aí: UM MENINO! Novamente a pessoa que fala chora (sim, eu queria um menino)!
A partir desse mês, toda madrugada, mais exatamente às 3
(três) horas da manhã, acordando para ir ao banheiro.
Neném já formadinho, ganhando peso. E lá vem o primeiro
chute, a primeira mexida. Sensação estanha no começo, depois vai ficando
gostoso de sentir, ou não!, Ele adorava colocar o pé embaixo da minha costela
perto do peito.
E finalmente, cheguei em 39 semanas. Era um domingo, senti
uma cólica estranha e fui para o Pronto Socorro, pra ver se estava tudo bem.
Alarme falso, mas a médica pediu para voltar no hospital em dois dias, para ver
como estava o coraçãozinho dele.
A chegada:
Era um quarta-feira, dia 22 de novembro. Fui ao hospital
como a médica tinha pedido. Fiz o exame do coraçãozinho (cardiotoco), e o exame
de toque para saber se estava com dilatação ou não. Coração dele normal,
batendo forte e acelerado e colo fechado, sem sinal de dilatação.
Estava com minha mãe, que me deu carona ate o shopping, onde
iria encontrar com meu marido. Batemos um pouco de perna, jantamos e voltamos
pra casa.
Já era umas 23h, quando subimos para dormir. Na madrugada do
dia 23 de novembro, como era de praxe, 3h da manhã, eu acordei para ir no
banheiro.
Só que, quando fiz o movimento para levantar da cama, senti umas gotas na minha perna. Meio assonada, pensei ter escapado xixi, e levanto mais
rápido. Quando fiquei de pé, começou a enxurrada.
Na hora acordei meu marido, corri pro banheiro e la fiquei até sair pra ir ao hospital. Chegando lá, fico morrendo de vergonha, porque tinha que
andar com uma toalha no meio das pernas. Fomos ao Pronto Socorro pra dar
entrada na internação.
Novamente fiz o exame cardiotoco e de toque. Cheguei
sem dilatação. Então os médicos resolveram induzir, também por eu estar com
bolsa rota. Colocaram o comprimido, e em 1h, tive 2 cm de dilatação. A médica
que estava no plantão viu que foi rápido e resolveu já me colocar no soro (na
ocitocina). Fiquei mais ou menos umas 4h com 4cm de dilatação.
E isso já era umas 17h da tarde. Eu e meu marido já achando
estranho, porque, afinal, na nossa cabeça, já era pro Luca ter vindo. Mas ele
por enquanto não queria, e nós, só ouvindo outros nenéns nascendo.
Quando deu umas 19h mais ou menos, chamamos a médica e
perguntamos o que estava acontecendo, e ela disse que as contrações não estavam
sendo efetivas. Então ela dobrou os mg do soro pra acelerar mais ainda o
processo. E nesse momento, colocaram de novo o cardiotoco, pois já havia passado
muito tempo, e precisávamos saber se o Luca estava entrando em sofrimento.
E não deu outra! Eu mal conseguia deitar inclinada, e quando
vinha a contração, eu quase arrancava as alças da maca. Um comentário do meu
marido: “nossa, tava parecendo o exorcista, só faltou girar a cabeça...”.
E aí o exame confirmou que ele estava entrando em
sofrimento, porque a cada contração o coraçãozinho dele desacelerava. Na hora,
a médica disse: “Lá, vamos preparar você pra cesárea.”. A única coisa que entendi:
“vamos te dar anestesia...hahaha”.
Lembro que pedi pra ver o parto, mas não deixaram. Mas eu
acabei achando uma saída pra ver. O foco que eles usam, estava refletindo como um espelho, ou seja, vi todo o parto. E quando vi tirarem o Luca, ouvi o
choro dele. Foi uma sensação de alivio, por ele ter nascido bem e saudável.
Quando acabou tudo, eu tive uma descarga de adrenalina tão grande no corpo, que
eu tremia parecendo que iria pular pra fora da maca.
Primeiros dias:
A partir do momento que você vê seu filho pela primeira vez,
você percebe que sua vida mudou. Que você não se enxerga mais sem ele.
Ainda no hospital, o Luca demorou pra pegar meu peito pra
mamar. E com ajuda da Cristina Volcov, do Segredos da Cegonha, fomos ajeitando
a pega dele. E tivemos sucesso em um peito. E ela me tranquilizou falando que
em casa ele iria pegar. E não deu outra, realmente ele pegou.
Quando chegamos em casa, fomos dormir, e coloquei ele no
berço. Eu estava sozinha com ele no quarto, quando começou a tocar uma musica
do Elton John, Your Song. Eu comecei a chorar e olhar como Deus é perfeito,
como ELE é incrível, e te confia uma vida. No começo, tao frágil e delicada. Você fica sem saber o que fazer.
Hoje o Luca está com 4 meses. E pensa em um neném onde o
único trabalho que dá é ser neném, heheh. Ele é super dependente nosso, mas chora no máximo se está com fome ou algo incomodando. Dorme super fácil, mesmo
em meio a muito barulho. Uma vizinha até achou estranho que tinha um bebê morando ao lado dela, porque ele não chora.
Hoje eu agradeço a Deus todos os dias por ter me confiado o
Luca. Aprendo muito, e sigo descobrindo muitas coisas e experiências novas a
cada dia. E cada noite SEM dormir, vale a pena!Aliás, pra você dormir, é só ser
esperta e dormir enquanto o bebê dorme, hehehe.
Acho que isso mostra um pouco de como foi minha experiência
em relação a engravidar, ter todo o processo de parto, e virar mãe. Sim, sua
vida muda no minuto em que ele nasce, mas muda para melhor, e sempre vai
exigir o seu melhor.
Espero que tenham gostado! Tive que resumir bem, porque esse
tipo de experiência dá pra escrever um livro, heheh.
Autora: Larissa Ferreira
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